quinta-feira, janeiro 29, 2009

Do you speak English???


A manhã nasceu fria e o corpo a pedir cama. Mas estava escrito... pela determinação do querido JP. Bem lhe custou sair de "vale de lençóis", mas não teve outro remédio. Foi assim que, depois de sacudido o gelo do para-brisas, com um céu limpo de nuvens, numa de quase rali, chegámos à estação Midi, em Bruxelas, para nos instalarmos no "EuroStar" que nos levaria à que já foi capital de um grande império, nas terras de Sua Majestade, Londres. Não antes, para meu espanto, da Segurança inglesa, em terra belga, nos ter passado "a pente fino", não fosse "o diabo tecê-las". Qual CE, qual carapuça!!! "Já chegámos à Madeira"??? Estes Ingleses "não brincam em serviço", como se ouve e vê nos noticiários... O comboio deslizava nos carris, através de enormes planícies cobertas de geada espessa. Tudo branquinho!!! Brrrr.... A passagem do Canal fez-se nas calmas, apesar de nos dizerem ser forte a ondulação. Modernices! Depois das vastas planícies belgas e francesas, os terrenos ingleses, percorridos até Londres, fizeram-me lembrar um pouco os da nossa Beira Baixa, ali pela Campina de Idanha, ou oa da parte sul do concelho de Penamacor. Até carvalhos havia naquelas pequenas elevações. A estação de chegada de King's Cross é um deslumbramento. Moderna. Sem lixo. Nada de "borradores" de paredes. Assim como em todas as ruas que percorremos. Serão os Ingleses melhores que nós? Não!!! Têm é Leis correctas e autoridades que as cumprem e as obrigam a cumprir. Nunca senti medo, nunca me senti em perigo. Tinha a certeza de que a carteira não me iria ser roubada. Raramente vi polícias. Muitas mulheres jovens e lindas pelas ruas. Edifícios e monumentos de outra civilização. Faanntáástiicooos!!!Bem conservados e bem defendidos. Sempre atendidos com respeito e competência. Um espectáculo!!! As ruas estavam limpas e bem arranjadas. Um sonho para os saltos altos das senhoras. Ninguém atravessa fora das passadeiras nem com o sinal vermelho para peões. Nem um rabisco nas estações do "Underground". Não vi "arrumadores de carros" nem pedintes. As casa de banho públicas de Trafalgar Square pareciam as de um hotel 5 estrelas. O passeio, na margem do Rio Tamisa, depois de almoço, foi uma delícia. Tivemos, realmente, sorte com o dia: sol brilhante, vento fraco, muito frio. A limpeza, repito, a arrumação, o civismo impressionaram-me profundamente. Nem um carro em cima dos passeios!!! Aliás, os carros circulam pouco no centro da cidade. Transportes públicos de primeira linha, no aspecto, com fluidez, elevada frequência... Enfim, desgraçadamente, tenho de concluir que vivo no "terceiro mundo". Não que eu queira, mas eu tenho medo de viver no meu País, que muito amo e gostaria que não fosse assim. Que raio de ideia é a do Ministro da Justiça ao tirar as caixa multi-banco dos tribunais para os defender? Então se todos fizerem o mesmo?! Que sinal se dá para a sociedade civil se sentir segura? É assim que se combate o crime?
Já o frio apertava e o sol se escondia quando"undergroundámos" até à estação de St. Pancras, ou King's Cross. Os mesmos processos de segurança para entrar numa sala de embarque, quase digna de um aeroporto internacional. A viagem de regresso foi relaxante, depois de um dia bem vivido. Graças a Deus. Devido à escuridão, quase não não se sentiu passar o famoso túnel. Ah! O chá com a Ti Zabel não teve lugar, devido à nossa indisponibilidade para deixar o encanto de vaguearmos por lugares bem encantadores. Fica para a próxima e esta música é-lhe dedicada, com um beijinho dos "sobrinhos" da "moirama"!!!

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