segunda-feira, novembro 02, 2009

Em memória dos nossos Mortos

Fez, ontem, 4 anos que iniciei este blog. Com maior ou menor felicidade, tem-me servido nos objectivos para que foi criado: exprimir, por escrito, estados de alma, de forma tão verdadeira e sentida quanto a minha condição humana o permite.
É meu hábito, nesta data, ir de romagem à campa dos meus Pais. Aproveito para recordar tantas e tantas pessoas que, de um modo ou de outro, também me ajudaram a crescer. Embora devesse entrar, no cemitério, de olhos baixos e coração contrito, deparo lá com uma situação que penso "piorar" em cada ano que passa: as pessoas estão a usar as campas dos mortos para as exibirem numa feira de vaidades que me parece desproporcionada e fora do local apropriado. Flores de todas as espécies, cores e feitios - com destaque para as que são fornecidas nas "lojas chinesas" - tornam aquele local que deveria ser discreto, pacífico e silencioso, próprio para a meditação do "Lembra-te, ó homem, que és pó e ao pó hás-de voltar!" numa certa "bagunçada" que muito pode contribuir para divertir os que ali vamos recordar, se lá do Céu estiverem ainda preocupados com as patetices desta vida e, pior, desviar-nos do fim para que a Igreja instituiu a festa da celebração de Todos os Santos e a dos Fiéis Defuntos. Discrição pede-se com urgência. E bom senso!
Aproveito para reler as palavras de Jesus Cristo que, neste dia, poderão dar sentido à nossa vida:
Evangelho segundo S. Mateus 25,31-46.
«Quando o Filho do Homem vier, na Sua glória, acompanhado por todos os Seus anjos, há-de sentar-Se no seu trono de glória. Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. À sua direita, porá as ovelhas e, à sua esquerda, os cabritos. O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer, tive sede e destes-Me de beber, era peregrino e recolhestes-Me, estava nu e destes-Me que vestir, adoeci e visitastes-Me, estive na prisão e fostes ter Comigo.’ Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou nu e Te vestimos? E quando Te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-Te?’ E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes.’ Em seguida dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos! Porque tive fome e não Me destes de comer, tive sede e não Me destes de beber, era peregrino e não Me recolhestes, estava nu e não Me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-Me.’ Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que Te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não Te socorremos? Ele responderá, então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a Mim que o deixastes de fazer.’ Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.»
Da Bíblia Sagrada

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