domingo, dezembro 26, 2010

Dia da Família, da Sagrada Família

Carta aos Colossenses 3,12-21.
Como eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos, pois, de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se alguém tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, fazei-o vós também. E, acima de tudo isto, revesti-vos do amor, que é o laço da perfeição. Reine nos vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados num só corpo. E sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós com toda a sua riqueza: ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria; cantai a Deus, nos vossos corações, o vosso reconhecimento, com salmos, hinos e cânticos inspirados. E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando graças por Ele a Deus Pai. Esposas, sede submissas aos maridos, como convém no Senhor. Maridos, amai as esposas e não vos exaspereis contra elas. Filhos, obedecei em tudo aos pais, porque isso é agradável no Senhor. Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não caiam em desânimo.

Tomás, dois aninhos

Desde o Verão decidíramos, os Avós, que o dia 12 de Dezembro seria passado na companhia do nosso Tomás, nos seus dois aninhos. Deus quis que assim fosse. Lisboa . Colónia, de avião, faz-se em menos de 3 horas de vôo. Íamos apreensivos, pois o Inverno, por aquelas bandas, não é o mesmo que cá pelo Sul da Europa. Mas, "peito às balas", aterrámos, já noite dentro, nas margens do Reno.
Uma festa. Os contactos via Skype são uma forma de manter vida a memória dos que lhe querem bem. Beijos e abraços. Colinho! Que bom! Como se tivéssemos estado juntos nessa manhã.
Depois as horas de convívio voaram, na sala bem confortável, sentados na alcatifa . Brincadeira e mais brincadeira. Meiguices e mais meiguices. É uma Criança muito doce, o nosso Tomás!
O Domingo festivo, a chegada dos Amiguinhos alemães, pela tarde, o convívio, os parabéns, as palmas foram-se num instante. Aí estavam os dois aninhos completos. Demos e recebemos. De coração para coração.
Aquela ida aos mercadinhos de Natal,  em Colónia, foi uma aventura bem atrevida. Frio de rachar, vários graus negativos, as orelhas quase a congelarem, ali junto da bela e famosa catedral. No ar, mil cheiros de doces e bebidas, as canecas de vinho quente, milhares e milhares de luzes a darem brilho na noite escura. Um alívio regressar e entrar no conforto da casa dos nossos Filhos!
Ainda era noite quando, na madrugada do dia 15, nos começámos a preparar para o regresso. Corações apertados, sorrisos a custo.
 A viagem de regresso para o aeroporto fez-se através de uma negra estrada rodeada de um manto branco quase sem fim. Nevara abundantemente e a apreensão era agora justificada com factos: este Inverno não estava - não está! - para brincadeiras. Por oposição à chegada... a despedida é sempre triste. Nunca nos custou tanto como desta vez. O carinho dos Filhos, os mimos do Neto, do nosso Tomás, já estavam a fazer-nos falta, mesmo ali ao pé deles.
A custo foi transposta a passagem que nos havia de afastar. Por um tempo. Fisicamente, não em espírito que, mesmo querendo ser forte, faz unidade com a fraca carne.
Flocos de neve enbranqueceram ainda mais os cabelos da Avó quando, de semblante triste, subia as escadas que os levaram ao interior da aeronave.
Três horas depois, as margens do Tejo ali estavam, sob o Sol brilhante. Lá de cima é que nos apercebemos da razão por que o Interior está a desertificar: a Grande Lisboa com todas as suas grandezas e misérias - casas, muitas casas e mais casas.
Até breve?!