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PORTUGAL |
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Um País de
Marajás
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Os portugueses não foram apenas à
India (1498), onde se estabeleceram durante muitos séculos, absorveram também na
sua cultura, os hábitos dos seus marajás.
A monarquia constitucional
(1834-1910), colapsou, devido à quantidade de parasitas viviam à custa do Estado
e dos seus apêndices, sem nada produzirem.
A primeira república em
Portugal (1910-1926), anunciou que iria acabar com o parasitismo dos marajás,
mas rapidamente ficou refém de políticos demagogos, incompetentes e corruptos
que viviam da parasitagem no Estado.
A Ditadura (1926-1974), a
segunda República, pretendeu também acabar com o desperdício e a parasitagem,
mas cedo se percebeu que o que fez foi proteger uma elite que vivia na mais
completa parasitagem protegida pelo Estado.
A terceira república, que
começou em 1974, prometia um virar de página neste domínio. Pura ilusão. Os
"marajás", como dizem os brasileiros, que pululam pelos partidos políticos não
tardaram a dominar o aparelho de Estado, apropriando-se de tudo o que podem,
conduzindo o país para um contínuo empobrecimento.
O perfil e os hábitos dos
marajá, embora revelem alguma variação de marajá para marajá, estão
perfeitamente tipificados:
- O Marajá considera as instituições ou
empresas públicas como sua propriedade. O único a quem tem que prestar contas é
a ele próprio. O secretismo sobre as finanças do país, da câmara, junta de
Freguesia, empresa pública ou municipal, frequentemente em nome do "interesse
nacional", é um princípio sagrado.
- O Marajá estabelece o seu próprio
vencimento, de acordo com a sua suposta dignidade do cargo e presumidos méritos
pessoais. Se legalmente não o poder fazer, e não poder mudar a lei, o marajá
dedica-se a acumular cargos e mordomias (viaturas oficiais, almoços, viagens,
despesas de representação, cartões de crédito, residências oficiais, subsídios
de deslocação, integração, reintegração, horas extraordinárias, etc, etc) até
perfazer tudo aquilo a que tem direito.
- O Marajá necessita de uma corte para
o servir, e é por isso se faz rodear de assessores, consultores, funcionários
para isto e aquilo. Muitos marajás, instalados por exemplo nas Câmaras
Municipais e Juntas de Freguesia, transformam grupos populacionais, como os
idosos e as crianças, em membros das suas cortes pessoais.
- O Marajá vive da pompa e
circunstância, por isso não olha a custos em festas, recepções, prendas,
pequenos e grandes luxos, não apenas porque eles são próprios do cargo, mas
porque é próprio das suas funções públicas esbanjar recursos em eventos,
comemorações e obras para dar animo ao povo. |
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Protecção dos
Marajás
Os marajás da Assembleia da República
ao longo dos anos foram produzindo uma sofisticada legislação que protege os
marajás, impedindo que possam ser responsabilizados pelo descalabro que provocam
na contas públicas.
Primeiro impediram que se possa
conhecer com rigor quantas entidades se alimentam do orçamento do Estado
(administrações centrais, regionais e locais, empresas, institutos e fundações
públicas), consumindo 51% do PIB.
Depois limitaram a fiscalização pública
destas entidades, nomeadamente através do Tribunal de Contas. Num universo
estimado de 13.740 entidades que estão sob a jurisdição do Tribunal de Contas,
apenas 1.724 apresentaram contas, mas só foram fiscalizadas 418 (Dados
DN,8/01/2011). O descontrolo é total.
Por último, produziram uma legislação
confere aos políticos portugueses a total impunidade no saque dos recursos do
país, e que só em condições excepcionais sejam presos.
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Marajás de
Portugal
Não faltam marajás em Portugal, o
problema é sempre o da sua selecção, tantos são os candidatos para os diferentes
categorias. Correndo os risco de sermos acusados de ter cometido graves
omissões, daremos alguns exemplos ilustrativos para as várias categorias,
privilegiando os insuspeitos marajás. |
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Marajás carismáticos
Apesar da enorme diversidade de
estilos, estatutos e meios que dispõem, ou dispuseram, todos possuem uma
característica comum: desfrutam ou desfrutaram de uma enorme popularidade junto
do seu eleitorado, por mais desmandos que tenham feito. As suas redes
clientelares, solidamente criadas, dão-lhes permanentes provas de reconhecimento
e apoio. As regras da ética política e da decência, não se lhes aplica. Alguns
atingiram o estatuto de total impunidade, colocando-se acima da própria Justiça.
Nada os incomoda.
Mário Soares
Alberto João Jardim. Líder regional do
PSD, critica todos os governos da República por falta de transparência,
roubalheira e desvario na gestão da coisa pública. A verdade é que este
governador regional da Madeira é o pior exemplo do país nestes
domínios.
Isaltino Morais. Antigo militante do PSD,
apesar dos vários casos em tribunal e de ter sido condenado por desvios de
fundos públicos, continua a ser premiado nas eleições autárquicas com o voto dos
municipes.
Avelino Ferreira Torres. Antigo militante
do CDS-PP, como presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses ultrapassou
tudo o que seria imaginável de um autarca, sendo sucessivamente condenado pelos
tribunais. A população local, imbecilizada, continuou a votar nele.
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Marajás camarários
As 308 câmaras de Portugal são um
verdadeiro viveiro de marajás. É extremamente difícil A parasitagem está de tal
modo instalada e enraizada, que deixou de ser questionada.
Câmara Municipal de Lisboa. A
cidade de Lisboa, entre 1981 e 2008 perdeu 41% da sua população. No entanto
neste mesmo período o número de funcionários, dirigentes, assessores, serviços,
empresas municipais nunca parou de aumentar. Os custos com viaturas oficiais,
deslocações, horas extraordinárias, subsídios, acumulações de vencimentos,
prémios, promoções, atribuição de casas camarárias aos próprios funcionários e
dirigentes, etc., etc., foi subindo exponencialmente.
Em Janeiro de 2010, as dívidas
acumuladas da CML eram de 1,952 mil milhões de euros. Se a estas dividas
somarmos as das 53 freguesias e das dezenas de empresas municipais de Lisboa, é
fácil perceber que estamos perante um enorme esbanjamento de dinheiro dos
contribuintes capaz de fazer felizes muitos pequenos e grandes
marajás.
Apesar da câmara e das empresas
municipais estarem falidas, os seus dirigentes municipais nunca deixaram de
atribuírem a si próprios prémios pela excelência da sua prestação à frente das
mesmas (1).
Este quadro torna-se ainda mais
revelador do descalabro que a cidade mergulhou , quando se constata que o actual
presidente da CML - António Costa - ao mesmo tempo que recebia uma
reforma do Estado, auferia também o vencimento completo de presidente. O líder
da oposição, o vereador Pedro Santana Lopes, recebe 2 (duas) reformas do
Estado. A CML à semelhança do país é dirigida por políticos que acumulam
mordomias e reformas do Estado.
Câmara Municipal do Alandroal.
Nesta autarquia alentejana, cuja maioria dos seus 6197 habitantes é reformada ou
pensionista do Estado, existe um funcionário para 28 habitantes. Apesar da
população ter vindo sempre a diminuir, os presidentes da câmara não param de
aumentar o número de funcionários, despesas com horas extraordinárias,
gratificações, viagens, etc, etc. As dívidas não pararam também de subir, desde
2001 ao ritmo de 3 milhões por ano, ultrapassando todos o limites legais (2). Os
marajás do Alandroal, à sua escala, não olharam a meios para criar uma corte de
dependentes.
Câmara Municipal de Espinho. Os
presidentes das câmaras municipais em Portugal, em vez de resolverem os
problemas básicos para os quais as autarquias foram criadas, como verdadeiros
marajás, esbanjam o dinheiro dos contribuintes em tudo aquilo que sendo
importante, é todavia secundário.
Os exemplos não faltam, mas um dos que
fizeram escola foi o da Câmara de Espinho. O Marajá local, em 2000, resolveu dar
férias a cerca de 150 idosos do seu concelho no Brasil. Para preparar a visita
de tão numeroso grupo, o marajá e outros funcionários camarários, andaram numa
roda viva entre Portugal e o Brasil, até que por fim tirou dois meses à conta da
autarquia para acompanhar a sua corte no Brasil. O espectáculo
conforme consta na imprensa local foi esplendoroso no outro lado do
Atlântico.
A partir daqui, outros marajás de
câmaras decidiram enviar os seus "velhinhos", devidamente acompanhados pelo
presidente, mais os respectivos vereadores e funcionários camarários, sempre
devidamente remunerados, para os cantos mais distantes e exóticos do
mundo.
Os marajás das Câmaras (308),
distinguem-se neste capítulo dos marajás das juntas de Freguesia (4.260),
cujos passeios com as suas cortes privativas de "idosos" e outros dependentes,
em geral, não ultrapassam o território espanhol. |
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Marajás de empresas públicas
Os marajás da empresas públicas são
conhecidos por se lamentarem de ganhar pouco e desfrutarem de mordomias
irrisórias. A única forma que encontraram para compensarem a sua escandalosa
situação, é mostrarem o seu desprezo pelo dinheiro que dispõem. Eles estão acima
das ninharias que preocupam o comum dos mortais.
CP - Caminhos de Ferro.
O seu presidente ganha a módica
quantia de 69.000 euros (2010). Este empresa pública registava, orgulhosamente,
o mais elevado de número de chefias em relação ao total de funcionários. A corte
de serviçais é impressionante, assim como os números dos prejuízos acumulados.
Em 1996, o total de dívidas era de 2,2 mil milhões de euros. Decidiu-se
então criar uma nova empresa, a REFER, para repartir as dívidas. Em 2099, o
total das dívidas só da CP era de 3,3 mil milhões de euros.
Refer . Apesar de recente, os
valores desta jovem empresa pública impressionam fazem inveja a qualquer marajá.
Embora o seu presidente só ganhe a modesta quantia de 66.000 euros (2010), os
números das dívidas acumuladas em poucos anos são próprios um grande marajá. Em
2009, a REFER já tinha uma dívida superior a 5,5 mil milhões de
euros.
RTP. O seu presidente, recebe a
irrisória quantia de 250.000 euros, mas em nada fica a dever a outros marajás em
termos de prodigalidade. Em 2009, a dívida acumulada da RTP era superior a
800 milhões de euros. Prevê-se que nos próximos tempos, devido aos cortes
nas receitas publicitárias, espera-se que ultrapasse a confortável posição de
mil milhões.
Águas de Portugal. Em 2010, o
seu presidente (ordenado de 126.000 euros), tornou-se conhecido da opinião
pública, por furar a miserável contenção de gastos, promovendo a compra numa
assentada de 400 novas viaturas para a corte das Águas de Portugal. Os marajás
desta empresa pública, têm mostrado que não aceitam limitações à sua tradicional
prodigalidade: Em 2005, deviam ao bancos apenas 1,2 mil milhões de euros,
passando em 2009, para a expressiva quantia de 2,5 mil
milhões.
Metro de Lisboa. O número de
estações aumenta a conta gotas, mas o seu presidente (66.000 euros de ordenado),
não se pode queixar. A dívida pública desta empresa não tem parado de aumenta,
atingido esperando-se que em 2010, atinja os 4 mil milhões de euros,
contra os 3,7 mil milhões do ano anterior. Tem sido uma fartote próprio
de grandes marajás.
Metro do Porto. A empresa é
recentíssima, contudo o seu presidente (96.000 euros de ordenado), pode
apresentar já números que fazem inveja a qualquer marajá: uma dívida de 2,3
mil milhões (2010).
Metro do Mondego. A empresa foi
constituída, em 1996 e até 2011, o único trabalho que realizou foi desmantelar a
linha ferroviária que existia. Os prejuízos não param de aumentarem, assim como
os seus 7 administradores, para gerirem 5 funcionários !. Em 2010, mais de 60%
do orçamento desta empresa pública foi para pagar aos administradores
(ordenados, mordomias, automóveis topo de gama, etc, etc). Uma das razões desta
aberrante organização, está no facto das câmaras municipais locais ter exigido
ao governo o direito de nomearem os seus marajás. Todos pretendiam participar no
roubo do erário público.
Estradas de Portugal. Face aos
números anteriores, o presidente desta empresa pública, está uma situação
desconfortável. Em 2005 a dívida era de apenas 50,5
milhões de euros, uma ninharia. Graças à acção de vários marajás passou para
em 2008 para uns animadores 910 milhões de
euros, tendo atingido os 1,507 mil milhões de euros em 2009.
Espera-se que em 2010 este valor da dívida seja superior a 2 mil milhões de
euros.
Atendendo ao
reduzido valor inicial da dívida, em 2007, o actual Presidente (Almerindo
Marques) quando iniciou as suas funções, sem contar com as mordomias do cargo,
só conseguiu um vencimento de 18.000 euros mensais. Desde 2008 o seu vencimento
tem vindo a aumentar, acompanhando a subida das dívidas da
empresa.
TAP . Os rendimentos do seu
presidente (285.000 euros de vencimento), não tem parado de aumentar, assim como
a dívida acumulada da empresa: 2, 5 mil milhões de euros (2009). O
marijismo no seu melhor.
Parpública. Holding que gere as
participações do Estado, desde há décadas que é um típico caso de polícia e
imoralidade. Autoriza, por exemplo, prémios a gestores cujas empresas dão
prejuízo.
A lista é infindável. Por incrível que
possa parecer, o Estado central não sabe quantas empresas públicas possui. O
Tribunal de Contas, em 2010, calculava que fossem mais de 700 empresas, a esmagadora maioria das
quais são verdadeiros buracos sem fundo. |
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Marajás das Empresas Municipais
As empresas municipais são
presentemente o paraíso dos marajás de Portugal. Produto das máfias que dominam
as Câmaras municipais (308), alimentam todo o tipo de marajás locais, incluindo
os partidos políticos.
Ninguém sabe ao certo quantas
existem em Portugal, quais as suas funções, quem são os seus gestores, quantos
funcionários possuem, nem sequer qual o montante das suas dívidas. O poderoso
lóbi das câmaras garante a total opacidade neste domínio.
Apesar disto, o Presidente do Tribunal
de Contas, em Novembro de 2010, calculava que existissem mais de 2 mil
empresas municipais. Mostrando-se particularmente preocupado com os
montantes das suas dívidas. As futuras gerações vão levar décadas a pagar a
roubalheira que já foi feita.
Trata-se de um mundo opaco, onde só a
Polícia Judiciária consegue obter alguma informação. De tempos a tempos, alguns
dos seus marajás são aborrecidos por terem posto dinheiro das empresas
municipais numa conta na Suíça, dado algum a um familiar ou até a amigalhaços do
Partido. Tudo coisas menores, que gente sem nível se preocupa.. |
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Marajás das Regiões Autónomas
As duas regiões autónomas de Portugal -
a Madeira e os Açores - são presentemente um verdadeiro viveiro de marajás. A
maioria deles, sobretudo na Madeira, formaram-se nos movimentos separatistas
nascidos logo após o 25 de Abril de 1974. Habituaram-se a reclamar, a gastar e a
extorquir tudo o que podem ao "Governo da República", sumariamente identificado
com os "colonialistas" ou "comunistas" do continente.
Estes movimentos não tardaram a
assumirem características mafiosas, em regiões cujas populações continuam a
apresentar as mais elevadas taxas de insucesso escolar de Portugal.
As "Assembleias Regionais", ao longo
dos anos, foram aprovando um vasto conjunto de medidas compensatórias
para os marajás que estão desterrados nas ilhas. Os "custos da insularidade ou
ultra-periferia" tem servido de argumento para sacarem importantes recursos
financeiros à "República" que depois são esbanjados pelas diversas cortes de
mafiosos. O hábito de sacarem já degenerou numa impune roubalheira:
- Os marajás
da Madeira, por exemplo, possuem empresas privadas que trabalham directamente
para o governo de que fazem parte. A promiscuidade entre o público e o privado é
total. Os governantes e deputados atribuíram-se a próprios regalias que mais
ninguém possui em Portugal.
- Os marajás dos Açores, em Dezembro de 2010, resolveram compensar as
suas clientelas locais pelas perdas nos vencimentos decretadas pelo Governo da
República para fazer face aos elevados níveis de endividamento do país. Os
marajás dos Açores entendem que estão acima de qualquer crise económica, podem
continuar a gastar, esbanjar e a endividarem-se sem qualquer
controlo.
As duas regiões autónomas criaram
também uma infinidade de empresas, cujas dívidas estão em total descontrolo.
Ninguém sabe o que se passa neste domínio.
Nos Açores, em 2007, o Tribunal de
Contas, denunciava que os gestores das 26 empresas públicas do Governo
Regional, receberem salários milionários.
Na Madeira, em 2005, a maioria das
35 empresas públicas do governo regional estavam falidas, mas os seus
gestores entregavam-se a uma roubalheira generalizada. Dados actualizados não
existem, para que não se saiba a dimensão desta desbunda própria de grandes
marajás.
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Marajás da Assembleia da República
O prestígio devido à chamada "casa da
democracia" está pelas ruas da amargura. Os seus deputados de direita ou de
esquerda provocam nojo aos cidadãos, nas palavras de um deputado do PSD
(Pacheco Pereira, 2010). As mordomias e regalias dos políticos portugueses, como
a acumulação de reformas vitalícias, são o exemplo mais completo do roubo
institucionalizado.
As anedotas que se contam na rua ou
circulam na internet sobre os deputados portugueses ilustram a imagem que o
parlamento possui junto da população.
Um exemplo:
" Um homem ia a passar junto à porta do Plenário
da Assembleia da República e ouve uma gritaria que saía lá de dentro. "Filho
da Puta, Ladrão, Salafrário, Assassino, Traficante, Mentiroso, Pedófilo,
Vagabundo, Sem Vergonha, Trafulha, Preguiçoso de Merda, Vendido, Usurário,
Foragido à Justiça, Oportunista, Engana Incautos, Assaltante do
Povo..." Assustado, o homem pergunta ao segurança, parado na porta: "O que
está a acontecer ai dentro? Estão a brigar ?! "Não", responde o segurança.
"Para mim estão a fazer a chamada para saber se falta alguém"!!!
(Internet,11/2010)
Em fins de 2010, num inquérito feito à população
portuguesa, cerca de 80% indicava a Assembleia da República e os juízes como os
principais responsáveis do descalabro do país (4).
Como foi possível chegar-se a este
ponto de descrédito? A resposta está nas leis que os deputados criarem para
alimentarem os marajás de Portugal, incluindo eles próprios. |
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Marajás dos partidos de esquerda
Partido Comunista Português. A
democracia em Portugal possui singularidades que a distinguem de qualquer outra
democracia no mundo. Desde 1976 que o orçamento de Estado mantém um partido
político na Assembleia da República que se limita a criticar todos os governos,
recusando qualquer entendimento parlamentar ou coligação governamental. É o puro
"deita abaixo" !
Recusou desde então qualquer alteração
à constituição aprovada nesse ano, e votou contra todos os programas e
orçamentos de Estado. A sua única função é destruir toda e qualquer política
governamental, denegrir a imagem de todos os membros dos restantes partidos com
assento na Assembleia da República e fora dela, e sobretudo impedir qualquer
alteração no país.
O discurso do PCP nestes anos resume-se
ao seguinte: É preciso distribuir tudo o que Portugal possui ou pode obter
através de empréstimos. Os únicos que devem ficar de fora da "boda aos pobres"
são os banqueiros e os grandes capitalistas, para que no final possam "pagar a
crise".
Financiados pelo Estado, os "mãos
largas" e impolutos marajás do PCP, enquanto esperam por uma pensão do Estado, e
se divertem no "bota abaixo" em manifestações de rua ou na Assembleia da
República, tornaram-se objectivamente no mais consistente apoio do marajismo
português, impedindo qualquer mudança política.
Partido Socialista. A galeria de
marajás deste partido é verdadeiramente notável, havendo todavia épocas de maior
produção do que outras.
António Guterres à frente do Governo
(1995-2001) foi, por exemplo, um mãos largas na promoção do Marajismo. António
Maria Carrilho ilustra perfeitamente esta situação. Este excelso filósofo,
resolveu numa assentada duplicar os organismos com autonomia administrativa no
Ministério da Cultura, fazendo disparar de tal formas os custos, que em 2001
teve que pedir a demissão porque já não tinha dinheiro para mandar cantar um
cego. Como recompensa foi escolhido para candidato do PS à CML, tendo perdido as
eleições, foi promovido a embaixador de Portugal na UNESCO. Foi recentemente
corrido do lugar (2010), porque resolveu esquecer-se que estava naquele posto
para defender os interesses de Portugal, e não o que lhe passava pela sua
brilhante cabeça.
Bloco de Esquerda. De partido de
causas passou a partido de fretes ao serviço da Direita. A esperança de muitos
dos seus dirigentes é que algum marajá do PSD ou CDS-PP lhes arranjem uns
tachos.
Para mostrar a sua vocação ainda
incipiente de marajismo, em plena crise económica, aliando-se ao PCP e à Direita
votou a favor do aumento do ordenado dos presidentes das juntas de Freguesia. O
Governo (minoritário) opôs-se a esta medida, que acabou por ser
aprovada.
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Marajás dos Partidos de Direita
PSD. Estamos perante um partido
cuja ideologia é um misto de "pragmatismo", "demagogia" e "oportunismo
político", cujo principal interesse para os seus militantes reside na
possibilidade de virem a obter de cargos no Estado ou nas empresas públicas ou
com capital público. Quando estes não existem, o partido cria-os. O PSD foi, por
exemplo, o partido que maior número de empresas municipais criou.
Não admira que no PSD se encontrem os
maiores marajás que Portugal produziu nas últimas décadas de regime democrático,
e que levaram o país à bancarrota em 2011.
CDS-PP. No discurso político é
só virtudes, mas os exemplos de rapina e esbanjamento do erário público são
dados pelos seus líderes, os quais aparecem envolvidos em escabrosos negócios de
Universidades privadas, compras de submarinos, herdades no Alentejo,
etc. |
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Funcionários Especiais Candidatos a
Marajás
O Estado Português está repleto de
grupo de funcionários que, com o apoio de políticos corruptos e incompetentes,
conseguiram estatutos especiais. Alegando estarem ao serviço de
instituições especiais, como a Assembleia da República, conseguiram
regalias e mordomias que constituem um verdadeiro roubo aos contribuintes. Cada
um destes funcionários, independentemente das suas funções, sente-se no direito
a ter os mesmos privilégios que qualquer outro marajá que vive do que o Estado
saca aos contribuintes. |
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Marajás dos Bancos Públicos
Banco de Portugal. O santuário dos
marajás de Portugal. Em 2007 ficou-se a saber que os seus administradores não
apenas fixavam os seus próprios ordenados, mas também todo o tipo de mordomias,
nomeadamente avultadas reformas obtidas num curto espaço de tempo. Chegavam ao
requinte de fazerem empréstimos a si próprios com o dinheiro do banco público,
mas a taxas mais baixas do que as do mercado.
O seu presidente Vitor Constâncio, antigo líder
do PS, em 2009, ganhava 5 (cinco) vezes mais do que o Presidente da Reserva
Federal dos Estados Unidos, Ben Bernanke. Em todo o mundo só os governadores do
banco central de Hong Kong e do banco central de Itália eram mais bem
pagos.
Caixa Geral de Depósitos. A Caixa, o
principal banco de Portugal, tem sido objecto de um saque permanente por parte
dos partidos políticos. Desde 1974 até 2010 deu guarida a 23 ministros ou
secretários de Estado. A esmagadora maioria nunca esteve ligada ao sector
bancário, o que não os impede de saltarem logo para o topo da hierarquia desta
instituição para obterem chorudas reformas e vencimentos.
A ex-ministra da Justiça do Governo PSD-CDS,
Celeste Cardona (2002-2004), num processo que chocou o país, entrou para
administradora da Caixa poucos meses depois de sair do governo.
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Marajás das Forças Armadas
Portugal ao longo de séculos sustentou
sempre várias guerras, no continente e ilhas, mas também pelo mundo fora. Não
admira durante este largo período, os oficiais das forças armadas tenha
desfrutado de enormes privilégios. As guerras terminaram, em 1974, e desde então
Portugal só participa em acções de paz no ambito da ONU.
Apesar disto, segundo a Stockolm
International Peace Research Institut (www.sipri.org), Portugal, desde 1989, é o
país com mais gastos militares em percentagem do PIB, no conjunto dos países
europeus (UE-27, mais Islandia, Noruega e Suíça). É fácil perceber porquê. Um
simples exemplo: só o Estado-Maior das Forças Armadas tem 75% de coronéis a mais
(Out/2010). As mordomias dos oficiais em Portugal ultrapassam tudo o que é
razoável, em qualquer democracia consolidada. |
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Marajás Moralistas
No Governo, autarquias, empresas e
bancos do Estado ou no Tribunal de Contas, deram exemplos de total esbanjamento
de recursos públicos, próprios de grandes marajás. Acumulam reformas do Estado e
outras mordomias, que o comum dos cidadãos está privado. Desfrutando de uma
confortável situação económica, sustentada pelos contribuintes, estes marajás
apelam agora à contenção das despesas públicas, à redução do consumo por parte
da populaça. Estamos perante a mais tradicional das práticas dos marajás
indianos, para quem a abastança faz parte da sua condição, e o Karma da miséria
é inerente à populaça.
Cavaco Silva
Os portugueses nos discursos deste
presidente, professor de Economia, habituaram-se a houver falar de contenção,
combate ao desperdício, rigor das contas públicas, etc. A pratica deste marajá é
outra.
Quando foi primeiro-ministro
(1985-1995), não fez as reformas que a administração pública carecia, fazendo
disparar o défice do Estado. Preparando o seu futuro como acumulador de reformas
do Estado, em 1991, instituiu o subsídio de férias para os reformados
...
O BPN, um dos bancos ligados às fraudes
que abalaram o mundo desde 2008, tinha como dirigentes
vários ministros e secretários de estado de Cavaco Silva. Fosse por que motivos
fossem, os seus investimentos neste banco renderam-lhe um lucro 140 por cento. Já depois de
se ter descoberto as trafulhices deste banco, manteve no Conselho de Estado
um dos responsáveis do BPN (Dias Loureiro).
As ligações de Cavaco Silva a
este banco não terminaram nesta negociata entre amigos. Na Aldeia da Coelha, em
Albufeira, escolheu para vizinhos Oliveira Costa e Fernando Fantasia,
homens-fortes da SLN, a proprietária do BPN. Na génese deste loteamento estão
empresas sediados em off-shores (paraísos fiscais). A escritura do lote do
imóvel de luxo de Cavaco Silva, não se encontra no Registo Predial de Albufeira.
Inquirido pela imprensa, Cavaco afirma não se recordar em que cartório a
assinou. Um dos promotores da urbanização, velho amigo e colaborador de Cavaco,
diz que a propriedade foi adquirida "através de um permuta com um construtor
civil", sem acrescentar detalhes (Visão, Janeiro de 2011).
Desde que é presidente, as despesas da
Presidência da República atingiram o valor mais alto de sempre. Cavaco Silva,
no primeiro mandato na presidência, gastou mais 30% do que o seu
antecessor. A
RTP, em 2010, comparando o
custo da Presidência Portuguesa com o da Casa Real de Espanha, concluiu que a
corte republicana gasta mais do dobro do que a corte monárquica
espanhola.
Padre Vitor Melicias
Este frade franciscano, conhecido pelo
seus arrebatados apelos ao despojamento e à pobreza, como um típico marajá
português, só de uma das suas reformas recebe 7.490 euros mensais...
Eduardo Catroga
O aguerrido coordenador do programa do PSD às
eleições de Junho de 2011, que acusou tudo o todos de desperdício e ladroagem do
erário público. O seu passado político é no mínimo tenebroso. Enquanto Ministro
das Finanças de Cavaco Silva (Dez. de 1993 e Out.1995) deixou o país numa
desgraça: contribuiu para a destruição do sector das pescas e da agricultura,
aniquilou a Siderurgia Nacional. Aumentou o defice público e o desemprego.
Quando abandonou o Estado, depois de ter penhorado as retretes do Estádio do
F.C. do Porto, deixou o país numa recessão económica.
Com apenas 53 anos tratou logo de sacar uma
reforma do Estado, a que se seguiram outras reformas, as quais atingem actualmente a
quantia de 16.900 euros
mensais.
Miguel Macedo
Dirigente do PSD que se destacou pelos seus
ataques ao desperdício do erário público, durante o governo do PS. Quando foi
nomeado ministro da defesa, tratou logo de acumular o vencimento de ministro com
um subsídio de alojamento (1300 euros), sob o pretexto que não tinha uma
residência permanente em Lisboa, mas a umas centenas de metros em Algés.
(Out.2011). Para tornar mais ridicula esta argumentação, é preciso dizer que
como ministro da defesa tem direito a uma residência oficial, com todas as
despesas incluídas.
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Marajás Incorformados
Portugal está povoado de uma multidão
de funcionários, empresários, artistas e todo o tipo de dependentes, que nunca
fizeram nada de útil na vida que justificasse os ordenados, as pensões ou os
subsídios que recebem do Estado português. Nada no país está à altura do seu
refinado gosto, tudo é mesquinho e detestável. O seu ideal de vida era obterem
da populaça uma boa fonte de rendimento, que lhes permitissem viver no
estrangeiro, longe dos que os sustentam.
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Marajás Independentes
A sociedade portuguesa foi criando ao
longo dos tempos, uma série de instituições supostamente independentes do
Estado. A sua função é vigiarem o Estado ou aplicarem a lei. Ciosos da sua
independência face ao poder político, muitas dos que polulam nestas instituições
afirmam-se acima dos problemas comezinhos com que se debate a população
portuguesa, vivendo num total desvario próprio de grandes marajás.
Anacom- Autoridade
Reguladora da Comunicação Social. O seu ilustre presidente- Amado da Silva (
224.000 Euros de vencimento), depois de ter dirigido ao gabinete de Sócrates,
deu largas nesta instituição pública à sua veia festiva. A ANACOM só nas
comemorações do seu 20º aniversário gastou a módica quantia 150 mil euros
(2010). Em Novembro de 2009, só em em brindes personalizados derreteu mais 31
mil euros, e um mês depois mais 30 mil euros numa festa natalícia. O somatório
destas festanças é de tal forma exorbitante, que não foi revelando para não
fazer inveja a outros marajás.
ERSE, Entidade Reguladora da
Energia, Vítor Santos , 233.857 euros de vencimento, mais mordomias. O caso mais
interessante desta Instituição está no facto dos seus presidentes, quando pedem
a demissão do cargo têm direito a dois anos de vencimento (2010). Um esquema de
verdadeiros marajás: Despedem-se mas ficam a ganhar.
ISP- Instituto dos Seguros de
Portugal: Fernando Nogueira: 247.938 euros de vencimento, mais mordomias..
CMVM: Carlos Tavares: 245.552
euros de vencimento, mais
mordomias. |
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Marajás de Institutos Públicos
Os institutos públicos e organismos
públicos equiparados funcionam como territórios privativos de marajás em
ascensão ou em repouso forçado. Encontram-se espalhados por todos os sectores da
administração pública, muitas vezes onde menos se espera.
No falido Serviço Nacional de
Saúde, o Tribunal de Contas descobriu, em 2010, um destes territórios
privativos: o "Serviço de Utilização Comum dos Hospitais" (SUCH):
Administradores e funcionários atribuíam-se a si próprios prémios por objectivos
não atingidos. Entre 2006 e 2008 as remunerações dos dirigentes cresceram 50%.
Os prejuízos do SUCH, como é habitual nestes casos, nunca pararam de
crescer. |
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Marajás de Fundações Públicas
As fundações são instituições
vocacionadas para a perpetuação de uma memória, a troco de um qualquer beneficio
para a população. Em Portugal as fundações, em particular as criadas pelo Estado
são instituições para marajás. O importante deixa de ser a suposta função para
que foram criadas, para ser a vida dos seus presidentes e das suas cortes
privativas.
Guimarães capital da Cultura
2012. Era suposto que um evento desta natureza, devia ser confiado a uma
equipa de pessoas competentes, capazes de o aproveitarem para projectarem a
cidade e a região a nível internacional. Puro engano. Em Guimarães
tratou-se desde logo de criar uma Fundação, cuja presidente (Cristina Azevedo) e
dois vogais executivos, não tardaram a projectarem-se a si próprios,
nomeadamente pelos vencimentos que passaram a auferir, que variam entre os
14.300 e os 12.500 euros/mês, com direito a carros, telemóveis, senhas de
presença nas reuniões (entre 300 e 500 euros), etc, etc. (3).
Como se tudo isto não bastasse, esta
Fundação tem um vasto Conselho de Administração povoado de pequenos e grandes
marajás, entre os quais se destacam: Jorge Sampaio, João B. Serra, Adriano
Moreira, Diogo Freitas do Amaral, Eduardo Lourenço e Manuel Alves Monteiro. As
suas remunerações variam entre os 14.300 euros e os 2.000, para além de
receberem senhas de presença (500/300 euros), carro, telemóvel, etc. A Fundação
só será extinta em 2020, de modo a continuar a alimentar por muitos anos uma
vasta corte de marajás.
A Câmara Municipal de Guimarães e o
Ministério da Cultura, povoados de marajás alimentam esta situação, num distrito
com uma das mais elevadas taxas de desemprego de Portugal.
Seguindo uma habito típico dos grandes
marajás, em Guimarães passaram a multiplicarem-se as encomendas de eventos
(espectáculos, exposições, recepções e outras diversões) para gozo exclusivo da
presidência da Fundação e da sua corte de dependentes. Nada aliás que já não
tivesse acontecido em Lisboa Capital da Cultura (1974), Coimbra Capital Nacional
da Cultura ou mesmo no Porto. Guimarães é hoje a mais celebrada Capital dos
Marajás de Portugal. |
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Enquanto tudo isto acontece,
Portugal em fins de 2010, aproximava-se alegremente da falência, carecendo de
enormes ajudas internacionais para poder pagar as suas dívidas.
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